quinta-feira, 18 de outubro de 2012

4 ANOS E 42 QUARTETOS


Vários meses se passaram,
com um trabalho em produção,
muitas noites me vieram,
para pura dedicação.

Horas de sono atrasadas,
mas é assim o projeto,
algumas metas realizadas,
piso, paredes, depois o teto.

Durante isso os estágios,
vários e vários plantões,
como que fossem presságios,
de futuras ações.

Muitas experiencias vividas,
também algumas inusitadas,
habilidades foram adquiridas,
em situações enfrentadas.

E então chega a hora,
das contas a prestação,
tudo tem que ir embora,
pra uma simples produção.

Após várias noites viradas,
e dias corridos estagiando,
centenas de páginas estudadas,
e muitas monografando.

Sequentes correções a se fazer,
necessárias para tudo finalizar,
muito orgulho daquilo eu ver,
um belo trabalho apresentar.

Na sala logo ao chegar,
vejo, e o nervosismo vem me bater,
a banca que irá me examinar,
e procurei algo beber.

E à um bom som o copo a virar,
mas na mente só consigo ver,
que logo irei apresentar,
minha monografia, o meu TCC.

E logo após a garrafa secar,
estava convicto do que fazer,
ao garçon fui a conta pagar,
e até lá me locomover.

Chego até a sala a final,
lá será minha apresentação,
chego a me sentir um tanto mal,
vejo todo o curso na minha mão.

Os examinadores fui cumprimentar,
como quem o seu carrasco ali ver,
vou ao computador me preparar,
estudar o melhor modo de fazer.

A apresentação vai começar,
resumo o que irei discorrer,
e fico a os rostos observar,
noto gostarem do que irão ver.

Apresentação está encerrada,
minha nota eles vão dá,
saio e ficam de porta fechada,
logo pedem pra eu entrar.

Alguns  minutos de conversa,
debatendo sobre o que apresentei,
ao final pensei: a hora é essa!
bastante apreensivo a nota escutei.

Vi ali o meu curso eu encerrar,
nem sei porque não esbravejei,
pois minha vontade era gritar,
que por cima de tudo eu passei.

Dos anos em que ali estudei,
dos amigos que conheci,
de tudo que lá vivenciei,
segunda casa em que vivi.

Tudo já terminou,
correu bem ali,
coração palpitou,
eufórico me vi.

Chega a aula da saudade,
nesse dia me espalhei,
nenhuma causalidade,
tumulto mesmo gerei.

Horas antes no atalho,
eu já comemorava,
até que chegou a hora,
e arruaça na UFPB causava.

Som alto e bêbado eu chegava,
o pessoal até me estranhava,
meu carro girando lá chegava,
disso todo mundo lá falava.

Numa placa nossos rostos estavam,
muita cerimonia a apresentar,
lindas as garotas chegaram,
a atenção de todos estavam a tomar.

Na aula se viu de tudo,
do começo ao fim do curso,
muito choro e muitos risos,
vendo todo aquele percurso.

Há um tempo atrás,
já houve uma festa,
mostramos como se faz,
e pensei: a noite é esta.

De fotos e bebidas grátis,
assim foi a nossa tarde,
incrível foi esse dia,
prometendo muito alarde.

Laíres e eu juntos bebemos
desde as 9 na manha,
muita bagunça fizemos,
no almoço, só a picanha.

Laíres, Manoel e eu,
esse era o trio bagunçador,
mas de alguém se esqueceu,
nosso amigo Evaldo, o vovô.

Ele não esteve presente,
mas é sempre isso,
porque infelizmente,
sempre alguém tá omisso.

Fomos a noite ao jacaré,
muito lá nós causamos,
todos viram porque que é,
que nós comemoramos.

Lá nós eramos filmados,
todos radiantes estavam,
todos movimentos gravados,
os músicos só pra nós tocavam.

Passa as horas, todos se foram,
ficamos laíres e eu,
porém apreensivo fiquei,
pois minha carona se escafedeu.

Ele saiu e disse logo voltar,
então ali fiquei a esperar,
o álcool começa a pegar,
e eu já estava a me cansar.

O tapa nas costas mais relaxante,
foi o que ele ao voltar lá me deu,
pois na hora melhorei o semblante,
a minha carona não me esqueceu.

Um tapa nas costas e: vamos beber?
era o que eu mais queria escutar,
efeito do álcool começou desaparecer,
e então fomos o recuperar.

A banda já foi embora,
as mesas recolhendo,
logo chegava a hora,
e nós ainda bebendo.

Nos retiramos do jacaré,
fui então descansar,
já estava contramaré,
tinha que relaxar.

Próximo passo é a colação,
ela é o auge de meu orgulho,
com o coração na mão,
nela eu mergulho.

Meus pais lá estavam,
fiquei emocionado,
tão orgulhosos ficaram,
ao ver o filho diplomado.

Em duas partes se divide a meu ver,
as duas são emocionantes,
o jurar a profissão e o diploma receber,
garanto depois dali, não ser mais o de antes.

Ali foi pra alguns, que vi, a ultima vez,
outros não, era só uma ótima ocasião,
a qual foi vivida e lembrada sempre com altivez,
de grande pompa aquela situação.

Lá vimos a tamanha circunstância,
dos anos ali dedicados,
e a grande importância,
de ser na UFPB diplomados.

Muito ainda tenho a falar,
mas aqui quero encerrar,
ressaltando o orgulho que me dá,
de lá ter tido o prazer de me formar.

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